Câncer: o remédio secreto escondido pela indústria

Tanto se culpa a genética, afirmando-se algo como “não existe cura para o câncer” ou “infelizmente, não há o que fazer”!

Existe tratamento? Será que a indústria esconde a verdade da população? É hora de aprender o que há de mais recente na literatura científica para quebrar de uma vez por todas o mito de que o câncer não tem tratamento natural. Não é verdade que precisamos nos machucar com tratamentos invasivos para combatermos o câncer. Os tratamentos usuais são nocivos, têm inúmeros efeitos colaterais, porém, a principal forma de tratamento, conforme muitos dados científicos indicam, está no estilo de vida: algo gratuito, barato, fácil e que funciona melhor do que qualquer outro tipo de tratamento. Vamos começar falando sobre o Doutor Otto Warburg. Em 1931, ele ganhou um Prêmio Nobel por uma descoberta: “nenhuma doença, incluindo o câncer, pode existir em um ambiente alcalino”. O ponto aqui é que o Ph (potencial hidrogeniônico) do sangue deve estar em adequado, ou seja, levemente alcalino. Quando, por erros no estilo de vida, acidificamos nosso sangue (causamos a chamada acidose), desequilibramos o corpo, dando início a possíveis perigos.

O câncer, é a segunda doença que mais mata no mundo. Anualmente, apenas nos E.U.A., quase dois milhões de novos casos surgem. São 606.880 mil mortes por ano, pasmem, somente nesse país!!! Mas o que é o câncer? Ele inicia quando cancerígenos atacam genes das células normais, e estas então se reproduzem antes de poderem ser reparadas, produzindo células geneticamente modificadas. Essas novas células têm algum tipo de dano genético e, como o corpo constantemente reproduz células em larga escala, podemos ter um grande crescimento de células cancerígenas. O tumor é, portanto, a consequência de uma grande proliferação descontrolada de células defeituosas. O tumor benigno não se infiltra ou invade tecidos novos. Já o tumor maligno tem a capacidade de atacar tecidos adjacentes. Veja agora o que diz uma pesquisa: “muito se fala sobre o câncer ser genético e não haver tratamento ou solução, mas em torno de 90 a 95% dos cânceres são causados por estilo de vida, e apenas 5 a 10% deles podem ser atribuídos à genética”. Alguns dos hábitos de vida de que precisamos falar são: dieta (maior ingestão de frutas e vegetais, consumo mínimo de carne, restrição calórica, uso de grãos integrais) atividade física, consumo de cigarros ou álcool, estresse, obesidade, exposição ao sol, toxinas ambientais. E diz ainda: “fornecemos evidências de que a inflamação é o elo entre os fatores que causam e previnem o câncer, e também mostramos que é uma doença que pode ser prevenida através de grandes mudanças de estilo de vida”.

Mas será mesmo que os profissionais de saúde esclarecem a população sobre a necessidade de tomarem responsabilidade individual por sua saúde, colocando em prática essas mudanças? De acordo com o POF, a Pesquisa Orçamentar Brasileira, o brasileiro comum consome menos de uma porção de fruta e vegetal por dia, tendo um alto consumo de refrigerantes, bebidas alcoólicas, carne bovina, e uma ingestão baixíssima de frutas, vegetais, oleaginosas e grãos integrais. Em outras palavras, é uma dieta muito industrializada e rica em proteína animal. E como se não bastasse, muitas pessoas e profissionais da área da saúde sugerem redução desses alimentos protetores e aumento dos sabidamente perigosos para geração e proliferação de cânceres, como a tão falada “proteína animal”. No entanto, os fitonutrientes (nutrientes das plantas), ricos nas frutas e vegetais crus, têm efeito quimiopreventivo (sim, previnem o câncer, de acordo com a ciência). Mas porque não ouvimos falar disso praticamente em nenhum lugar? Porque investir em banana e brócolis, não é muito lucrativo. Quem consegue patentear os maravilhosos nutrientes desses alimentos tão ricos e complexos? Não há como vendê-los muito caros. Banana tem preço de banana. Devido ao subsídio governamental brasileiro (no restante do mundo não é diferente), há um gigantesco incentivo ao consumo de alimentos ruins, no lugar de alimentos benéficos. Só a indústria do refrigerante recebe do Estado alguns bilhões todo ano.

Como essa pesquisa mostra, o efeito preventivo de frutas e vegetais contra o câncer em diferentes locais da anatomia é bem estabelecido. Em 1966 foi demonstrado pela primeira vez que o consumo constante de certos constituintes nestes alimentos forneciam proteção. Inúmeros estudos mostram o efeito quimiopreventivo desses compostos bioativos. Mais de 25.000 fitoquímicos foram identificados como tendo potencial ação contra diferentes cânceres, tendo ainda a vantagem de serem seguros e geralmente trabalharem em inúmeras vias de sinalização celular (reduzem peso, mexem com hormônios, genes, metabolismo, mecanismos de reparo ao DNA, autofagia, senescência celular,…). Outros benefícios da ingestão desses poderosos e naturais alimentos para além do câncer podem ser: maior funcionamento do sistema reprodutor (pode te ajudar a ser melhor no sexo, mais reprodutivo e ter mais prazer), prevenção de diabetes, doenças cardiovasculares e neurocognitivas, mais força e um corpo mais funcional e saudável como um todo, lembrando que não têm os efeitos colaterais de drogas, não são caros como drogas, te nutrem, são gostosos, são ambientalmente adequados, e podem incentivar seus entes queridos na direção de uma vida mais saudável também. Eu posso falar porque vi vários entes queridos sofrerem por câncer. Meu próprio pai faleceu de câncer. Eu queria que ele me ouvisse fazia dez anos, mas somente no seu leito de morte ele me disse que acreditava em mim e queria mudar seus hábitos de vida. Todos nós já perdemos pessoas queridas para doenças crônicas. E por quê? Para salvarmos a economia. Quem ganha ao falar que precisamos comer mais frutas e vegetais? 

Ou seja, é ingenuidade acreditar que queimar o corpo, injetar químicos sintéticos, comer mais proteína e outras ações antinaturais sejam solução para combater o câncer. Como reverter uma doença com introdução de coisas maléficas? Comer mais frutas e vegetais deveria ser o tratamento primário dietético. No entanto, vários outros fatores para além da alimentação deveriam ser observados como sono, uso de celulares, atividade física, jejum, cronosincronia, entre muitos outros detalhes em nossos hábitos do viver. Como demonstrado pelo Doutor Joel Fuhrman, um médico higienista americano que admiro, fitoquímicos (esses nutrientes são de fonte vegetal), exercício físico e restrição calórica, ligam SIRT1 e AMPK.

A primeira é uma enzima de reparo de DNA, que tem efeito anticâncer comprovado, levando a redução do estresse, aumento do reparo do DNA, aumento da autofagia (um mecanismo típico no jejum), redução da inflamação e do dano oxidativo, fazendo até mesmo manutenção dos telômeros e manutenção das células tronco (necessárias para a regeneração do organismo). Já proteína animal, calorias em excesso e alimentos ricos no índice glicêmico, bloqueiam AMPK, ligando MTOR, gerando efeito inverso. Esses e muitos outros benefícios de um bom estilo de vida estão demonstrados na ciência há décadas. A solução para o câncer está principalmente em fazer visitas constantes ao hortifrúti para comprar os melhores alimentos crus das plantas como banana, melancia, jaca, alface, couve, pepino, cogumelos, oleaginosas, algas, brócolis,…  No entanto, ninguém está lucrando muito com isso, e é por isso que não ficamos sabendodessas informações tão valiosas para nossa saúde, bem-estar e felicidade!

Concluindo, o câncer não é só genético. Na verdade, todos os hábitos do paciente ao longo de sua vida, principalmente dieta, é o fator mais importante. Humanos são constituídos para dietas primariamente baseadas em plantas. Produtos de origem animal, por serem desequilibrados em inúmeros nutrientes que nossos corpos precisam para a homeostase, promovem um ambiente propício para a proliferação de cânceres. Com certeza, deveríamos estar comendo mais frutas, vegetais e outros alimentos integrais das plantas e muito menos proteína animal, e zero de industrializados. Frutas e vegetais, epidemiologicamente falando, são os alimentos mais relacionados à redução dessa terrível doença. Todas as doenças (com o câncer não é diferente) têm uma etiologia multifatorial. Não é só dieta, mas todo estilo de vida, não só um nutriente, mas inúmeros, não só um fator de estilo de vida, mas muitos.Jejum, por exemplo, está se tornando, na minha opinião, uma das melhores maneiras de reduzir essa triste doença. Jejum intermitente restringe proteína, leva a baixa glicemia,redução de calorias, IGF1 infraregulado (que leva a menos inflamação, estresse oxidativo, aumento na resistência ao estresse, aumento na sensibilidade insulínica, redução noenvelhecimento). Basicamente todos fatores que sabemos piorar o câncer são causados por estilo de vida errôneo. 

Lamentavelmente, somos arquitetos de nossa própria miséria, como diria o Doutor Herbert Shelton.

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